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IRON
MAIDEN PACAEMBÚ - 17/01/04 Por: Ricardo Rodriguez Certa vez Gene Simmons, baixista do Kiss, disse nos EUA, quando do retorno da banda com a formação original, que os fãs assistiriam à um show à altura do preço cobrado - na época elevadíssimo. Pois se Steve Harris dissesse o mesmo para justificar os R$90,00 para ver o Iron Maiden tocar em São Paulo pela quarta vez, não estaria mentindo. O Maiden provou estar mais vivo do que nunca, e levou cerca de 50 mil fãs de Heavy Metal a lotarem o Pacaembu no dia 17 de janeiro. A banda abriu com Wildest Dream de seu mais recente trabalho Dance Of Death, seguido da clássica Warthchild incendiando literalmente a platéia. Se o Maiden queria botar mais lenha na fogueira conseguiu com Can I Play With Madness. Foi impressionante a participação dos "maiden maníacos" durante essa música. Tão impressionante a ponto de Bruce Dickinson chamar a atenção para a galera maneirar o empurra-empura na pista, próximo ao palco. O pito até que conteve a empolgação, mas foi difícil segurar o entusiasmo dos headbangers ao se ouvir os primeiros acordes de The Trooper. Nesse momento um imenso pano de fundo com Eddie empunhando a bandeira do Reino Unido surge atrás da bateria. Aliás, o cenário estava lindíssimo representando um castelo medieval, sem mencionar as constantes trocas de pano de fundo, as quais aludiam à música no momento de sua execução. Quanto a Bruce Dickinson, bem ele é um caso à parte. O vocalista tem um carisma incrível e consegue em questão de segundos conquistar a simpatia dos presentes. Ele corria de um lado ao outro, subia e descia escadas colocadas no palco, enfim parecia um garoto brincando num parque de diversão. E seus "Scream for me São Paulo"? Maravilhosos, não? Claro que sim se você pensar que há oito anos Blaze Bayley estava à frente do Iron Maiden no mesmo Pacaembu e tentava, sem sucesso, animar o público dizendo com seu sotaque horrível "Cantem comigú mais altu", argh!!! Bem, vamos deixar isso de lado e voltar ao show. Vale ressaltar a performance do restante da banda. Embora Bruce seja o mais "performático", os outros não ficaram para trás. Steve Harris agitou feito uma criança, Dave Murray e Adrian Smith demonstraram um entrosamento fantástico nos solos de guitarra, Janick Gers parecia um malabarista rodando a guitarra no pescoço, jogando-a pra cima e para baixo, e Nicko Mcbrain no auge de seus 50 anos de idade não aparentou cansaço durante as quase uma hora e meia de show. Em Dance of Deth, Bruce Dickinson surpreendeu o público ao aparecer vestindo uma capa vermelha e uma máscara. Durante a evolução da música, Bruce girava e pulava a todo o instante. Em seguida vieram Rainmaker, Brave New World e Paschendale. Enfim o set list foi composto com muitas músicas do álbum Dance of Deth, clássicos, material recente e surpresas como Lord of the Flies ( do cd The X Factor, 1995), já que essa composição não é uma das melhores do Iron Maiden, causando apatia na platéia. Mas foi curioso ouvi-la na voz de Bruce Dickinson. A certa altura da apresentação,
o frontman da 'donzela de ferro" garantiu o retorno do Maiden
ao Brasil e afastou os boatos de uma provável exclusão
do país nas futuras turnês. De repente, como comandados
por um maestro que rege uma orquestra, a multidão em coro começou
a gritar "Ei Metallica, vai tomar no c...", numa referência
obvia ao cancelamento da apresentação da banda estadunidense
que ocorreria em novembro último. Com a balada Journeyman a vibração do público esfriou, e se foi um bom momento para a banda descansar e recarregar as energias, para quem assistiu ao show essa música foi uma decepção não se trata de uma grande música do Dance of Death. Outras composições encaixariam perfeitamente no lugar desta, como por exemplo Prisione, Flight of Icarus ou Aces High, mas nenhuma banda vai conseguir agradar totalmente seus fãs. Fecharam com chave de ouro as indefectíveis The Number of the Beast e Run to the Hills. A passagem do Maiden por aqui vai ficar guardada na memória dos adolescentes, crianças e adultos presentes ao show, pois a banda esteve maravilhosa. Nem o som que por vezes falhou, ou falta de mais um telão para quem assistia da arquibancada de frente para o palco tirou o brilho desta banda inglesa. Up the Irons! |
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