Quando me deparei com o pessoal que estava atrás da gente na fila, logo reconheci um amigo, Felipe, e sua namorada, cunhada e sogra. Logo se juntaram a nós. Encontramos também lá fora nosso amigo do Stay Heavy, Vinicius Neves, mas não enchemos seu saco pois ele estava ao telefone.

Entramos na casa por volta das 22:00hrs. e percebemos que a segurança do Blackmore sabia que a galera que estava indo prestigiar o Vitão, era tudo gente boa. Nós permitiram a entrada com uma câmera fotográfica de raios gama. Sim, raios gama! E o Vitão que o diga, pois assim que entramos já caçamos o apresentador do backstage para bater uma foto conosco.

Já prontamente posicionados (de pé pois todas as mesas estavam reservadas), esperamos pelo começo do show, que se deu por volta do outro dia (subsentende-se meia-noite) com André Dellamanha (Revista Roadie Crew) no palco anunciando a primeira formação da banda.

Com João Mota na guitarra, Ney Haddad no baixo e Vitão na batera levaram uma música instrumental com uma levada cheia de groove e mostrando a virtuosidade de todos os músicos. A seguinte música conta com João Luiz (Eletric Funeral) nos vocais para executar com maestria Led Zeppelin.

Para a segunda formação foi chamada a presença de Paul X, Rafael Bittencourt (Angra), o baixista Castor (Torture Squad), e Indio (Necromancia) para executar os clássicos do Kiss.

Nesse intervalo rolou no telão uma homenagem aos 15 anos de backstage, com diversas imagens do estúdio da 97 FM em que são entrevistados Sepultura (ainda novinhos!), Dio, Roger Glove, Nuclear Assault dentre outros. Teve até um momento nojento: Ian Gillan tirando catóta do nariz. Rolou ainda umas sessões de apresentação ao vivo com Bruce Dickinson, cantando Tears of the Dragon (ovacionada pela galera) e Glen Hughes no palco.

Mais um intervalinho e não deu para aguentar: sentei no chão mesmo. O Blackmore é uma casa muito boa só que, como a maioria das casas noturnas, o sistema de ar-condicionado é uma porcaria.

Para o penúltimo bloco, Vitão teve a compania de Kiko Loureiro (Angra, que diga-se de passagem não fugiu a sua regra de músico 'purgante') nas guitarras, e João Luiz nos vocais para executar Don't Talk To Strangers do Dio.

A formação clássica do Eletric Funeral mandou ver o Black Sabbath que a galera pedia. Começaram com Children Of The Sea e finalizaram com Snowblind, mostrando que a banda é muito forte ainda e que a virtuosidade e João nos vocais é indiscutível.

Para o clássico do Manowar, Metal Daze, André Matos voltou ao palco, junto com o guitarrista da banda Metal Heart (Accept Cover) e Paul X dando uma de Joe de Maio no contra-baixo.

A galera ficou tudo segurando o relógio!!! Com André ainda nos vocais, a banda levou o clássico do Judas Priest, You've Got Another Thing Comin' de 82, para delírio dos oitentistas do local.

Junto com o Metal Heart, Vitão mandou ver os clássicos desta banda que despensa comentários.

Então executaram Metal Heart e depois emendaram Restless And Wild, provando que a banda Metal Heart é realmente digna dos elogios que recebe, tanto pela crítica como pelo público.

Para o grand finale, sobe ao palco a fada Isabel Tavares, João Mota e Paul X para uma levada mais blues, com uma música dos Beatles.

Dando lugar a João Luiz, Isabel deixa o palco para a execução de uma música chamada Stars, encerrando a noite de uma forma brilhante.

Realmente é muito bom poder ver tão de perto essas pessoas que se esforçam pelo metal e o melhor ainda, saber que o backstage tem permanecido no ar desde o ano de 1988 e por muitos anos será o melhor programa de metal no rádio e referencia para os aficcionados por esse estilo que é apaixonante.

Longa vida ao Backstage!