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Vale a pena ouvir de novo COMANDO METAL
"Estou me sentindo um molequinho de novo". É assim que Walcir Chalas, 49, proprietário da loja de cd´s Woodstock Discos se sente ao falar sobre a reestréia do seu programa na 89 FM - o Comando Metal - que fez sucesso entre os anos de 86 e 94 na Rádio Rock. O Comando voltou a ser transmitido no dia 25 de janeiro e vai ao ar todo o domingo, das 23h à meia-noite. A história do Comando Metal se confunde em muito com a própria história da 89FM, já que ambos surgiram praticamente juntos. Em 1985 nascia a Pool FM, que mais tarde deu origem à rádio rock que todos nós conhecemos. Naquela época acontecia a primeira edição do Rock in Rio onde se apresentaram nada mais nada menos que Iron Maiden, Ozzy Osbourne, AC/DC, White Snake, Scorpions e Queen, e a então recém-nascida 89FM decidiu em 1986 inserir na sua grade um programa voltado para o Heavy Metal. "A Woodstock na época já era super conhecida no cenário do Heavy Metal, e a direção da futura rádio rock decidiu fazer uma pesquisa em São Paulo para saber quem deveria fazer um programa de Heavy Metal. Ai eles me procuraram e eu aceitei" diz Walcir. E completa "Foi o nome da loja que me levou pra rádio". A Woodstock na década de 80 era o point dos fãs de metal e onde se podia achar álbuns como Master Of Puppets, uma relíquia difícil de se encontrar aqui no Brasil naqueles tempos. A princípio o Comando Metal ia ao ar aos sábados das 17h às 18h. Com o sucesso, o apresentador teve de migrar o programa para os domingos. "A gente estava "atrapalhando" o programa da Reta Lee na 89. Ai a direção da rádio perguntou se eu não gostaria de mudar de horário", explica Walcir. Ele concordou, mas com a condição de aumentar a duração para duas horas, a partir das 22h. Várias entrevistas marcaram o Comando como as realizadas com o Megadeth e Black Sabbath, porém, a que mais marcou o dono da Woodstock foi um programa na passagem de ano novo de 1989 para 1990, em que estavam presentes, além do Walcir, João Gordo (vocalista do Ratos de Porão e VJ da MTV) e Max Cavalera (ex-Sepultura). Segundo Chalas, durante o programa, os três começaram a beber e a certa altura ninguém mais sabia o que estava dizendo ou falando, ou seja, um verdadeiro reveillon metálico. Além da rádio e da loja, Walcir também passou a trabalhar na produção do Fúria Metal na MTV. Esse "acúmulo" de funções começou a interferir negativamente na Woodstock, uma vez que na ausência do patrão, os funcionários responsáveis em administrar a loja usurpavam o lucro proveniente das vendas. Conclusão: A Woodstock entrou em crise, e Chalas não viu outra alternativa a não ser se dedicar exclusivamente à loja. "A Woodstock estava realmente no buraco. Então eu procurei a direção da rádio em outubro de 94 para informa-los que deixaria o programa", explica Chalas. Ele garante que esse foi o único motivo pelo qual abandonou o projeto na rádio rock. Ressurreição Em comemoração ao 18° aniversário da 89FM, a direção da rádio realizou em dezembro último um especial com os programas que marcaram época na emissora, dentre eles, o Comando Metal foi lembrado. Depois de participar deste especial, Walcir recebeu um convite da própria rádio rock em janeiro para voltar a apresentar o lendário programa. Ele lembra que tudo ocorreu naturalmente, sem pressões por Ibope ou um por um formato específico, mas a única exigência da direção da 89 é que o Comando Metal tivesse qualidade. No dia em que São Paulo comemorava os seus 450 anos, quem ganhou o presente foram os fãs paulistanos de metal. Para o ouvinte que vem acompanhando o Comando Metal fica nítida a proposta de se fazer um programa pesado, sem que necessariamente seja Heavy Metal, como foi o caso de Killing in The Name Of do Rage Against the Machine (RATM), o qual esteve presente em um dos playlist do programa. Questionado se músicas como a do RATM podem afugentar os headbanger, Chalas é bem enfático "O lance de você tocar um RATM, de repente tocar um Heavy Metal melódico ou talvez um new metal, não é mostrar pra quem curti os anos 80 o Rage Against the Machine ou Spliknot da vida, mas sim mostrar para a geração de agora o que foi o rock pesado no passado". |
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